Ao longo dos séculos, o comportamento humano vem mudando consideravelmente, mas é possível identificar algo que o acompanha desde os tempos mais antigos: o voluntariado. Segundo a definição da Organização das Nações Unidas (ONU), voluntário é o “jovem, adulto ou pessoa idosa que, devido a seu interesse pessoal e espírito cívico, dedica parte do tempo, sem remuneração, a diversas formas de atividades de bem-estar social ou outros campos”. Nesse sentido, o voluntariado é ferramenta para corresponder aos mais diversos tipos de necessidades, realizado por pessoas que doam parte do seu tempo e/ou habilidades em favor de uma ou mais causas, e essa doação é destinada a pessoas ou instituições que geralmente enfrentam vulnerabilidades, sejam elas financeiras, estruturais, sociais, dentre outras. 

O voluntariado percorreu longo caminho e, de forma mais estruturada, iniciou-se no Brasil em 1543 com a fundação da Santa Casa de Misericórdia, seguido da Cruz Vermelha, Pastoral da Criança e APAEs. Desde então identificamos várias ações voluntárias no país e em 1998 ocorre a promulgação da Lei 9.608 que dispõe sobre o exercício do serviço voluntário e estabelece um termo de adesão que respalda e leva o voluntariado para outra esfera.

Na década de 1990, o conceito de “cidadania empresarial” começa a ser usado para se referir às práticas empresariais mais éticas em relação à sociedade e ao meio ambiente, que emergiu à ideia de que apenas o Estado não conseguiria abranger soluções e intervenções para as desigualdades sociais. Daí vem o conceito de responsabilidade social empresarial que engloba o compromisso das empresas em agir de forma ética e sustentável, considerando os impactos sociais e ambientais de suas operações. Ao incentivar e apoiar o voluntariado entre seus colaboradores, as empresas demonstram o compromisso em contribuir positivamente para a sociedade, ao mesmo tempo em que fortalecem o engajamento e o senso de propósito dos funcionários. O voluntariado corporativo é uma prática que permite às empresas ampliar a influência e impacto social, estendendo seu papel para além dos objetivos econômicos e reforçando sua reputação como agentes de mudança social.