O artigo aborda a importância das parcerias entre escolas e o terceiro setor, o poder de transformação social dessas ações, considerando as dinâmicas de poder e desigualdades de capital econômico, social e cultural. Apresenta o projeto “Sementes da Educação” em Sete Lagoas, para ilustrar essa colaboração, integrando aprendizado à realidade de grupos vulneráveis. Demonstra como essa metodologia de parcerias, focada em participação e corresponsabilidade, alinha-se com o conceito de “Ilhas de Racionalidade” integrando o conhecimento à realidade dos participantes, possuindo grande potencial de impacto social e educacional. 

Em um cenário global caracterizado por desafios sociais multifacetados e persistentes desigualdades, a educação emerge como um pilar fundamental para a promoção do desenvolvimento humano e a construção de sociedades mais justas e equitativas. A busca pela engajada participação da tríade família-escola-aluno no processo de ensino-aprendizagem desafia a realidade atual da vivência educativa e cultiva um aprendizado político crucial para a participação cidadã na sociedade.    

Em sua obra seminal “O Poder Simbólico” (1998), Pierre Bourdieu enfatiza a relevância das relações de poder e das estruturas sociais na perpetuação das desigualdades. Sob essa perspectiva, as parcerias entre escolas e terceiro setor apresentam-se como potencial estratégia de transformação social, desde que compreendam e atuem de forma consciente sobre as dinâmicas de poder inerentes ao contexto territorial existente. Bourdieu alerta que a importância do sistema de ensino na disseminação de práticas e representações sociais contrasta com a desigualdade de oportunidades, uma vez que as diferenças de capital econômico, social e cultural entre os estudantes revelam “desacessos” cruciais que influenciam escolhas e possibilidades de ascensão educaciona

VEJA O ARTIGO COMPLETO AQUI!